Sunday, September 28, 2008

De volta ao Big Brother!

A analogia ao reality show mais popular do mundo supõe convivência comunitaria. Depois de viver por quase 3 meses na casa de Elizabeth, numa situação de conforto mas ao mesmo tempo solitaria, minha vida é outra depois que me mudei. Achava que tudo estava as mil maravilhas tendo meu quarto proprio e alguem pra fazer minha comida; so agora percebi que estava cultivando um egocentrismo nada bom pra mim. A razao de deixar a chamada "homestay" nem foi minha, mas por motivos que Elizabeth alegou que foram de facil compreensão. Nos seus 72 anos, ela ja nao podia sustentar aquela vida, pois nao tinha folga, fazendo comida e limpando casa todo dia, por quase 8 anos, 7 dias por semana, entao estava vendendo a casa para morar na casa do seu filho, na Republica Tcheca.

Como toda mudanca gera impacto psicologico, vi dificuldade ao enfrentar mais um desafio: morar com gente que nao conhecia. Mas Deus sempre olha por mim e me abençoou mais uma vez. Veja so como funcionam as coisas aqui: Um dia, voltando do trabalho com alguns colegas, comentei o fato e que estava procurando um lugar pra morar. Entao a Vanessa, uma das pessoas que andava com a gente, pediu meu telefone pra ligar se souber de alguma coisa. No dia seguinte ela liga dizendo que tinha uma vaga na casa dela, entao fui direto olhar. Nao imaginava que um lugar poderia ser melhor do que a casa de Elizabeth. Como eu estava enganado... Aqui as coisas funcionam assim, na base da comunicação. So o fato de nao dormir mais em colchao de ar, ja foi a melhor das mudancas... quanta diferenca hein?

Alem da Vanessa, que divide o quarto comigo, mora a Lilian, que ja esta aqui na Australia por quase dois anos. As duas sao fisioterapeutas e fizeram faculdade juntas em SP. Como elas ainda nao deixaram eu tirar foto delas, mais na frente eu dou maior destaque , evidenciando detalhes de nossa convivencia, que esta sendo muito boa por sinal.


Moro em frente deste parque, a 10 minutos da estação, do shopping e dos orelhoes.



Gente, nao da pra acreditar, mas toda vez que quero ligar pro Brasil eu tenho que andar os 10 minutos para achar o orelhao mais proximo. Mas tudo bem! Este é o caminho que faço pra ir e voltar para casa:



Perceba que a calçada é ladeada pela grama, a fim de evitar que as pessoas fiquem proximas a rua, evitando atropelamentos. E como eu falei, ninguem nas ruas nem na porta de casa. Nem um barzinho nas esquina, nem um espetinho vendido nas calçadas. Nem no parque, em pleno domingo! Veja:



Bom, ja que nao tem ninguem, da ate pra eu praticar meu novo esporte. Veja no video:




Agora, fique com o video da nova casa!



O Big Brother começou. Mas nao quero nem pensar em paredao!

Monday, September 15, 2008

Lucimar, um heroi sem par


Abençoado por Deus, ele carrega na sua biografia grandes vitorias. Abençoado nao apenas por metas alcancadas, bens adquiridos e sonhos concretizados, mas pelas pessoas que estao a sua volta. Conquistou a todos com seu jeito simples e introvertido, porém original. Mostrou que humildade se ensina pelo exemplo, educação via lideranca e respeito através da reciprocidade. Este é Lucimar: um pai, um amigo, um heroi!

Nao tenho registros precisos de toda a sua trajetoria, no entanto basta citar um unico fato para que suscitem grandes recordaçoes. Quer ver? Ha alguns anos, embalados numa rede, ele me contava de quando adquiriu sua primeira lambreta e da felicidade que tal bem lhe proporcionou, por ser fruto de seu trabalho no Banco do Brasil. Que felicidade hein, Lucimar!
No mesmo embalo, me contava as estorias de seus personagens imortais: Eudes e Laura, um casal ficticio de macacos que me entretia todas as noites antes de dormir. A comedia tinha fim quando eu pedia para ouvir a fabula do Velhinho e do Pescador. Este, cansado de pescar o dia todo sem sucesso, avistou um velhinho que lhe sugeriu jogar a rede em determinada parte do rio. Ao que foi sua surpresa, dezenas de peixes surgiam emaranhados na rede do pescador, que prontamente se virou para agradecer o velhinho, que nao estava mais no local. Nesta hora perguntei a meu pai quem era o velhinho: “ Era Deus, meu filho!” Esta fabula eh antologica e ate hoje eu me emociono.

Devoto de Santo Expedito, sempre foi religioso e dizimista generoso. So Deus sabe a saudade que tenho das missas que iamos juntos nas auroras de sabado e dos passeios de carro ao cair da tarde, que ja virou habito diario. Sem falar de todas as vezes depois do almoço em que eu me deitava na rede dele so pra ouvir o famoso “Capina culumin!” Nao era facil engolir sua ausencia nos fins de semana, mesmo sabendo que a Coroa de Sao Remigio ficava a poucas horas de Parnaiba e que ele iria voltar muito breve, o que denota o grau de importancia que ele representa em nossas vidas.


Hoje meu pai está muito bem, amado pela dedicada Antonia e acalentado pela filha caçula Luciana, notamente um marco para a sua transformação positiva nos ultimos tempos. Com seu apoio diario, quero aqui expressar toda a minha gratidão e desejar-lhe felicidades mil, eternas e sensatas! Parabens, pai!



Este video é um achado valioso! Mostra a vida pacata do aniversariante curtindo sua aposentadoria junto com a familia durante uma manhã de sabado. Afinal, ele merece!


Tuesday, September 9, 2008

10 de Setembro...PARABENS JULIANA !

11 dias depois do Nane Fest, onde a Suzanne arrasou na festa dos seus quarentão, chega a vez da Juliana apagar as velinhas do seu 33º aniversario, na chamada "Idade de Cristo". E, como é de praxe, terei que fazer a retrospectiva de suas aventuras, o que nao é facil, mas aqui cabe tentativas.

No dia 10 de setembro de 1975, Parnaiba parou para apurar o nascimento da pequena Juliana. A virginiana viria 7 anos depois do nascimento de Suzanne com a intenção de pertencer a familia Alelaf Rocha. Conseguiu! Mas aquela menina ao nascer, ja causara grande rebuliço entre a equipe médica que realizou o parto, por tamanha delicadeza de seu nariz e por ser fraca de feição. Mas as qualidades viriam aparecer ao longo dos anos, até porque Juliana sempre mostrou ser vaidosa, tanto que, aos 9 anos, ja ousava sair com brincos-argola e batom vermelho-purpura; um tanto imaturo para a então menina-mulher.
O tempo foi passando e as travessuras de criança davam lugar as paqueras. Tanto é que ha registros de que Juliana adorava gazear aula para fazer duas coisas: paquerar atras da capelinha do colegio das irmãs e comer manga verde com sal. O primeiro registro é de um fundo rasgado de uma calça de seu uniforme, quando Juliana pulava o muro do colegio, ate avistar a kombi das freiras vindo em sua direção. O segundo registro que temos é de um dente-de-leite cravado numa manga verde. De quem seria?
Chegando ao auge de sua adolescencia, recebe de presente uma viagem a Disney, onde celebraria seus 15 anos do jeito que sempre sonhou. Ao ser entrevistada por amigos numa filmagem durante o passeio, Juliana nao perde a oportunidade: "Melhor do que isso, so se my love estivesse aqui", que na epoca era o Marcelo Correia, segundo ela ne...
Certo dia estavamos Suzanne, Bosco e eu no quarto da Juliana altas horas da noite. A gente ja estava deitado, do lado da cama dela, quando de repente a gente percebe ela chegando e fingimos estar dormindo. Juliana rapidamente troca a roupa, poe a camisola e cai na cama. Entao o Bosco me pergunta, jogando indireta: "Leandro! Tu num vai escovar os dentes nao" e ela devolve: " Ora mais, se eu acabei de comer um doce ali, vou é muito tirar o gosto!" Mas isto a gente nem estranhava, pois era de costume quando a gente ia pra fazenda (Coroa), depois de 3 dias era que ela se dava conta de ter esquecido a escova de dente. Mas este tempo ja passou, ne Juliana?
Outra ocasiao ela fez a pobre da Claudia de comparsa numa fuga pra um festejo num povoado do interior. Pediu pra Claudia abrir o portao e empurrar o carro, so pra que meu pai nao ouvisse o barulho do motor e percebesse Juliana saindo na surdina. Era Carapebas, Joao Perez, Remanso, Caxingó, Barra do Longá… enfim, nao importava a distancia do povoado quando o assunto era festa de forró.
Pouco tempo depois ela decidiu entrar no ramo dos negócios. Começou revendendo roupa como sacoleira, depois improvisou uma lojinha na despensa de casa ate que fundou a Jualê Modas, integrada a Lirium Duvalle e fez ate desfile na Academia Salomao Alelaf. Mas como o comercio na Parnaiba nao vai pra frente, faliram tudo, mas Juliana pegou uma boa experiencia de varejo, afinal os obstaculos fazem parte de qualquer caminhada.
Dai se apegou a tudo quanto era santo, alias, mestres de luz. Era a fase Sai-Baba. Ela pos a foto do tal mestre em tudo quanto era lugar, que ate a mais ingenua das criaturas tinha medo. E fazia questao de frisar a diferença: “ Eu nao sou espirita. Sou espiritualista!” Fez de tudo para perder o medo de cobra, mas foi em vao. Entrou no Yoga para manter a forma, mas ja era tarde demais. Depois se casou com o Marcelo dizendo que ele era o “carma” dela e ia ser feliz com ele. E ela nao desiste, isto sim é admiravel!


E mais historias!